DANDO O BOOT
20-12-2001

Natal de saco cheio

Cartões de Natal e Ano Novo sempre são bem-vindos. Cheguem eles via Correio ou via Internet, a alegria é a mesma. Mas já reparou que os cartões de papel, com a letra do remetente e mensagem personalizada, já viraram raridade? No ano passado, se recebi três foi muito. Esse ano, até agora, não recebi nenhum. Em compensação, o número de cartões virtuais no mínimo triplicou. A Internet está mesmo dominando o mundo.

Apesar da alegria de receber os cartões de fim de ano, tenho que admitir: às vezes fico muito do arretado. É que tem amigo da gente que não sabe que existe conexão via linha discada da (argh!) Telemar e se dana a mandar e-mail com mais de meio mega. Um dos cinco e-mails desnecessariamente gigantescos que recebi era uma apresentação do PowerPoint com 850K, que só tinha mesmo um Feliz Natal com as letrinhas mexendo. Se ainda tivesse um Papai Noel, uma arvorezinha, uma frescurinha... mas não. Eram só as letrinhas brancas num fundo vermelho — a maior leseira do mundo. Assim não tem saco que agüente, né não? Nem o de Papai Noel! :/

De lá pra cá (meus amigos menos cuidadosos que me perdoem), passou de 200K eu tô detonando. Olho quem mandou, anoto nome e e-mail, mas apago antes mesmo de baixar pro meu computador. Depois eu mando um cartão (pequeno, claro) agradecendo.

No final das contas todos os cartões de Natal querem dizer a mesma coisa, só que de maneiras diferentes. Apagando os grandões sem ler, ninguém se zanga; nem quem mandou nem eu que recebi. E todos teremos, de fato, um Natal feliz e uma virada de ano cheia de paz. :)



Abu Zadim, editor-geral de A Gréia,
tá de brincadeira. Não há como ficar irritado com uma demonstração de carinho — mesmo que ela venha em forma de e-mail com 3MB.

Um Papai Noel de saco cheio pra todo mundo e inté semana que vem!   :)